Esse longo e moroso rio
da vida e do tempo
Passa e segue
Estou a meio caminho de mim mesma
“véspera levas tudo que dispersou a brilhante aurora: Levas vinho (aos lábios), levas rebanho (ao redil), levas da mãe o filho!" Safo de Lesbos Trad. Emmanuel Carneiro Leão
23 de outubro de 2010
25 de agosto de 2010
Liberdade e Destino
Leio e releio o belo texto de Manuel de Castro ‘Aprender a pensar’. Há um verso do T.S Eliot, do Four Quartets, que diz “In my beginning is my end”. Esse pensamento me convive há alguns anos já. Gosto dos textos que me encaminham a novas experiências. Lendo o ‘Aprender a pensar’ percebo que ele só pode ser compreendido enquanto experiência, não como um exercício do raciocinar, como Manuel mesmo diz. É a apreensão que se dá pelo corpo, uma maneira sentimental, amorosa com a vida, para, com as questões. Esse pensamento de Eliot reúne a criança que fui a sonhar eu mulher e a mulher que sou enquanto sonho de quando criança. Nesse entremeio, nesse dialogar incessante, percebo que venho desde a infância tecendo, conversando, distendendo os mesmos temas. Ainda sou aquela... transformada pelo tempo.
Experienciando essa universidade de tecnologia me percebo no limiar entre um mundo que me exige a técnica e o meu ser que clama seguir com esse longo diálogo. “Carece ter coragem!”. Ouço a voz de Diadorim no meu ouvido. Como é difícil nos despir das instituições para nos lançarmos... dar o salto mortale! Raspar a tinta com que nos pintaram os sentidos, como diz Pessoa. Aprender a pensar talvez seja decidir pelo salto... ter Coragem!... Deixar o barco nos levar nesse grande rio da vida... deixar-se... talvez ai esteja a liberdade... e o destino.
Experienciando essa universidade de tecnologia me percebo no limiar entre um mundo que me exige a técnica e o meu ser que clama seguir com esse longo diálogo. “Carece ter coragem!”. Ouço a voz de Diadorim no meu ouvido. Como é difícil nos despir das instituições para nos lançarmos... dar o salto mortale! Raspar a tinta com que nos pintaram os sentidos, como diz Pessoa. Aprender a pensar talvez seja decidir pelo salto... ter Coragem!... Deixar o barco nos levar nesse grande rio da vida... deixar-se... talvez ai esteja a liberdade... e o destino.
20 de agosto de 2010
Silêncio
"In my beginning is my end" T.S Eliot
O som abriga o silêncio
Como a criança vela o seu destino
Kronos engole os seus filhos
mas não damos por isso
O presente acolhe a vida!...
O som abriga o silêncio
Como a criança vela o seu destino
Kronos engole os seus filhos
mas não damos por isso
O presente acolhe a vida!...
15 de julho de 2010
7 de julho de 2010
Mar-Temporal
Em meio a esse tecer constante de diálogos e formas que bucam pontos comuns...
de vozes desconexas que insistem em permanecer em desacordo, paro por um instante!
Me atenho!... Ah deixa pra lá.
Navegar não é preciso por esses mares-temporais... Mas a chuva parou.
é SAUDADE
de vozes desconexas que insistem em permanecer em desacordo, paro por um instante!
Me atenho!... Ah deixa pra lá.
Navegar não é preciso por esses mares-temporais... Mas a chuva parou.
é SAUDADE
24 de junho de 2010
Terra Desolada
Caem os véus sobre a terra... Tiro meus sapatos.
Agradeço a entrada. Ser-Memória.
Caminho por entre espaços vazios de silêncios. Os meus dedos tocam a relva. O vento trespassa meu corpo-ruína. Murmurante retumba!... Tocam os sinos do silêncio...
Galgar novos caminhos, destecer muralhas. Ser-Palavra.
Agradeço a entrada. Ser-Memória.
Caminho por entre espaços vazios de silêncios. Os meus dedos tocam a relva. O vento trespassa meu corpo-ruína. Murmurante retumba!... Tocam os sinos do silêncio...
Galgar novos caminhos, destecer muralhas. Ser-Palavra.
5 de janeiro de 2010
Pausa
Parei de cismar. Quedarme açoitada pelos cantos. Agora, me acomodo... é a brisa... , sopra. Chega de catar piolho ao vento, jogar idéia contra idéia, correr atrás de jibóia. Quem procura acha! Mas os grandes acontecimentos... presenteiam-se!...
Llama ardiente. Eclosão de originários... Respiro
Llama ardiente. Eclosão de originários... Respiro
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