23 de outubro de 2010

Brisbane river

Esse longo e moroso rio
da vida e do tempo
Passa e segue

Estou a meio caminho de mim mesma

25 de agosto de 2010

Liberdade e Destino

Leio e releio o belo texto de Manuel de Castro ‘Aprender a pensar’. Há um verso do T.S Eliot, do Four Quartets, que diz “In my beginning is my end”. Esse pensamento me convive há alguns anos já. Gosto dos textos que me encaminham a novas experiências. Lendo o ‘Aprender a pensar’ percebo que ele só pode ser compreendido enquanto experiência, não como um exercício do raciocinar, como Manuel mesmo diz. É a apreensão que se dá pelo corpo, uma maneira sentimental, amorosa com a vida, para, com as questões. Esse pensamento de Eliot reúne a criança que fui a sonhar eu mulher e a mulher que sou enquanto sonho de quando criança. Nesse entremeio, nesse dialogar incessante, percebo que venho desde a infância tecendo, conversando, distendendo os mesmos temas. Ainda sou aquela... transformada pelo tempo.

Experienciando essa universidade de tecnologia me percebo no limiar entre um mundo que me exige a técnica e o meu ser que clama seguir com esse longo diálogo. “Carece ter coragem!”. Ouço a voz de Diadorim no meu ouvido. Como é difícil nos despir das instituições para nos lançarmos... dar o salto mortale! Raspar a tinta com que nos pintaram os sentidos, como diz Pessoa. Aprender a pensar talvez seja decidir pelo salto... ter Coragem!... Deixar o barco nos levar nesse grande rio da vida... deixar-se... talvez ai esteja a liberdade... e o destino.

20 de agosto de 2010

Silêncio

"In my beginning is my end" T.S Eliot

O som abriga o silêncio
Como a criança vela o seu destino

Kronos engole os seus filhos
mas não damos por isso

O presente acolhe a vida!...

15 de julho de 2010

Passatempos

Contar tijolos

Pintar o abajour

Espetar alfinetes no abacaxi

7 de julho de 2010

Mar-Temporal

Em meio a esse tecer constante de diálogos e formas que bucam pontos comuns...
de vozes desconexas que insistem em permanecer em desacordo, paro por um instante!
Me atenho!... Ah deixa pra lá.

Navegar não é preciso por esses mares-temporais... Mas a chuva parou.
é SAUDADE

24 de junho de 2010

Terra Desolada

Caem os véus sobre a terra... Tiro meus sapatos.
Agradeço a entrada. Ser-Memória.

Caminho por entre espaços vazios de silêncios. Os meus dedos tocam a relva. O vento trespassa meu corpo-ruína. Murmurante retumba!... Tocam os sinos do silêncio...

Galgar novos caminhos, destecer muralhas. Ser-Palavra.

5 de janeiro de 2010

Pausa

Parei de cismar. Quedarme açoitada pelos cantos. Agora, me acomodo... é a brisa... , sopra. Chega de catar piolho ao vento, jogar idéia contra idéia, correr atrás de jibóia. Quem procura acha! Mas os grandes acontecimentos... presenteiam-se!...

Llama ardiente. Eclosão de originários... Respiro